Para Kajuru, a proposta de anistia representa, na verdade, uma forma de incentivar a impunidade e encorajar a prática de irregularidades. Ele destacou sua indignação com o fato de o Congresso criar leis eleitorais e, posteriormente, flexibilizar sua aplicação, enviando uma mensagem de que as regras podem ser ignoradas. Além disso, o senador apontou a nova versão do relatório da PEC, que inclui dispositivos para fortalecer a imunidade tributária dos partidos e estabelecer um programa de refinanciamento de suas dívidas, como mais um ponto negativo da proposta.
Ao citar o montante de R$ 4,9 bilhões destinados aos partidos políticos este ano, provenientes do fundo eleitoral, Kajuru criticou a ideia de conceder um Refis para que as agremiações quitem seus débitos, mesmo tendo acesso a quantias expressivas de recursos públicos. O senador ressaltou a discrepância na representatividade política no Brasil, apontando a baixa presença de mulheres no Congresso como um reflexo da falta de efetividade das medidas para ampliar a diversidade na política.
Diante desse cenário, fica evidente a preocupação de Jorge Kajuru com a possibilidade de o Legislativo sancionar uma medida que vai de encontro aos interesses da sociedade e enfraquece os mecanismos de fiscalização e transparência no âmbito político. Resta aguardar os desdobramentos dessa polêmica proposta na Câmara dos Deputados e as possíveis reações da sociedade diante desse debate acalorado.