Além disso, a agenda do dia não trazia novidades positivas para impulsionar o Índice Bovespa, e o cenário também não era favorável para as commodities. Enquanto o petróleo registrava uma alta moderada, o minério de ferro apresentava uma queda de 0,36% em Dalian, na China.
Diante desse cenário, os investidores adotaram uma postura cautelosa, aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que só será divulgada no início da noite, quando os mercados já estarão fechados. As preocupações fiscais também contribuíram para o clima de incerteza.
O analista da Finacap, Felipe Moura, destacou que o mercado brasileiro já vinha enfrentando dificuldades devido ao cenário fiscal e, por isso, os investidores estavam relutantes em assumir riscos. A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros da área econômica, Previdência e Meio Ambiente era outro ponto de atenção, assim como a posse de Magda Chambriard como presidente da Petrobras.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,41%, atingindo 119.630,44 pontos. No entanto, as críticas de Lula à taxa Selic e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, causaram desconforto nos investidores, gerando instabilidade no mercado financeiro.
A expectativa do mercado era de que a taxa Selic fosse mantida em 10,50% após o corte de 0,25 ponto percentual feito em maio. A MCM Consultores previa uma possível interrupção do ciclo de baixa da taxa Selic devido à piora das expectativas de inflação e a necessidade de monitoramento dos efeitos secundários da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
Nesse cenário, o Ibovespa registrava uma queda de 0,37% às 11h33, com Petrobras e outras ações do mercado apresentando variações negativas. Vale ON e CSN ON estavam entre as quedas mais significativas do dia, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico e político do país.