De acordo com a reitora, conselheiros e servidores do colégio, a redução no orçamento desde 2016 tem afetado a execução de obras, a compra de equipamentos e até mesmo a manutenção de prédios históricos. Além disso, a evasão de funcionários em busca de melhores planos de carreira também tem sido um desafio para a instituição.
A recente adesão à greve das instituições federais também gerou preocupações quanto à continuidade do ano letivo, com 59 dias letivos a serem repostos de acordo com a Arcope (Associação de Responsáveis, Amigos e Ex-Alunos do Colégio Pedro 2º). Pais e responsáveis estão apreensivos com a situação e alguns optaram por cancelar matrículas de alunos, embora o colégio garanta que a evasão escolar está abaixo da média nacional.
Fundado em 1837, o Colégio Pedro 2º tem em sua lista de ex-alunos figuras ilustres do cenário político, jurídico e artístico do país, o que demonstra a importância histórica da instituição. No entanto, a greve recente agravou as tensões entre responsáveis, servidores e alunos, com troca de acusações nas redes sociais e reivindicações por melhores condições salariais.
A reitora Ana Paula Giraux Leitão destaca a importância do colégio na formação de jovens com senso crítico e reflexão sobre os dilemas sociais, negando eventuais viés político atribuído à instituição. Ela ressalta que as dificuldades enfrentadas são reflexo da redução do orçamento da educação federal e que o MEC (Ministério da Educação) tem contribuído para minimizar os impactos financeiros.
No entanto, o desafio de manter a qualidade do ensino, garantir a continuidade do ano letivo e lidar com a evasão de funcionários ainda é uma realidade presente no Colégio Pedro 2º. Pais, responsáveis e ex-alunos demonstram apoio à instituição, ressaltando a importância da formação oferecida e o impacto positivo na vida dos estudantes.