Brasil mira exportação de energia nuclear e planeja conclusão de Angra 3 para 2030, afirma presidente da Eletronuclear

O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, em recente declaração, reforçou a visão de que o Brasil pode se tornar um importante exportador de energia nuclear no futuro. Lycurgo afirmou que a usina de Angra 3 tem previsão de ser entregue no segundo semestre de 2030, destacando a importância do desenvolvimento do setor para o país.

A Eletronuclear aguarda a conclusão dos estudos em andamento pelo BNDES para avaliar a viabilidade técnica da continuidade do projeto. Esses estudos serão analisados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME), além do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o papel da energia nuclear na transição energética, Lycurgo mencionou que 99% do estudo do BNDES está finalizado e que o documento incluirá, entre outras informações, a previsão da tarifa da usina. A expectativa é que o CNPE avalie esse estudo em setembro deste ano.

Segundo o presidente da Eletronuclear, a licitação para Angra 3 está prevista para o primeiro semestre de 2025, com a assinatura do contrato e o início efetivo da construção programados para o segundo semestre do mesmo ano. A entrega da usina é esperada para o segundo semestre de 2030.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por sua vez, ressaltou que as cidades de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro só receberão os valores de compensação socioambiental relacionados a Angra 3 após a decisão sobre a continuidade das obras. Os valores destinados são de R$ 264 milhões para Angra dos Reis, R$ 48 milhões para Paraty e R$ 17 milhões para Rio Claro.

A expectativa é grande em relação ao futuro da usina de Angra 3 e seu potencial para impulsionar a indústria nuclear no Brasil, tanto no mercado interno como no cenário internacional.

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