A posição cambial líquida é fundamental para avaliar a capacidade do BC de lidar com situações que demandem o uso de moeda estrangeira, como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise. É considerado um indicador essencial para medir a resistência do país a choques externos.
Esse indicador leva em consideração diversos fatores, como as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC, a posição do BC em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque do Brasil no Fundo Monetário Internacional.
As reservas internacionais encerraram a semana passada em US$ 358,091 bilhões, representando um aumento em relação aos valores registrados no final de 2023 (US$ 355,034 bilhões).
No que diz respeito às operações de swap cambial, o Banco Central acumula perda de R$ 15,654 bilhões até o dia 14 de junho deste ano. Em maio, a autoridade monetária registrou uma perda de R$ 7,732 bilhões com essas operações.
É importante ressaltar que o BC não busca lucro em suas operações de swap cambial e na administração das reservas internacionais, mas sim fornecer proteção ao mercado em momentos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para eventualidades.
Em relação ao acumulado do ano de 2024, o Banco Central registrou um resultado negativo com a posição de swaps cambiais, mas obteve ganhos significativos com a rentabilidade na administração das reservas internacionais, reforçando a importância dessas medidas para a estabilidade do mercado financeiro.