Temporada de incêndios desafia brigadistas no Pantanal em meio à seca e nível baixo do rio Paraguai

A temporada de incêndios no Pantanal este ano tem sido desafiadora devido ao início precoce e à escassez de chuvas. Isso está dificultando a logística para combater os focos de fogo, principalmente devido às grandes dimensões do bioma. Além disso, o nível baixo do rio Paraguai está dificultando ainda mais os deslocamentos necessários para controlar as queimadas.

Na última segunda-feira (17), a equipe da Brigada Pantanal do PrevFogo, ligada ao Ibama, enfrentou uma operação intensa de combate ao fogo que durou cerca de dez horas. O primeiro desafio foi controlar um incêndio próximo ao rio Paraguai, a três horas de barco de Corumbá. Durante a noite, a equipe precisou lidar com um foco de incêndio imprevisto que ameaçava propagar-se pela área de preservação.

O segundo combate não estava planejado e a jornada até o local foi complicada devido à seca excepcional que o rio Paraguai enfrenta desde o início do ano. O baixo nível da água causou diversos obstáculos no trajeto, incluindo toques no fundo do rio devido a bancos de areia submersos.

Ao chegarem ao local do incêndio, a equipe de brigadistas encontrou fuzileiros e bombeiros, que inicialmente julgaram ser impossível combater o fogo devido ao avanço rápido das chamas. No entanto, os brigadistas do Ibama decidiram avançar sobre o incêndio e, com o uso de diversas ferramentas, conseguiram controlar a situação.

Após horas de trabalho árduo, a equipe retornou à base do Ibama, celebrando o sucesso da operação com tereré e cantando uma música local. A prioridade dos brigadistas tem sido proteger os ribeirinhos e evitar que os focos de incêndio cruzem o rio, colocando em risco áreas de proteção ambiental.

Até o momento, o Pantanal registrou 2.333 focos de incêndio somente neste ano. A situação requer um esforço conjunto e contínuo para controlar e extinguir as queimadas que ameaçam a fauna, a flora e as comunidades locais.

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