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Representantes de empresas da Zona Franca de Manaus aprovam proposta de reforma tributária em debate na Câmara dos Deputados.

Representantes do setor produtivo sediado na Zona Franca de Manaus se reuniram nesta terça-feira (18) na Câmara dos Deputados para discutir a proposta de regulamentação da reforma tributária que está em andamento na Casa. Durante a audiência pública, os representantes demonstraram concordância com o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, que define as regras gerais de funcionamento do novo modelo de tributação no país.

De acordo com os representantes do setor produtivo, o PLP 68/24 mantém o diferencial competitivo previsto para a Zona Franca de Manaus. O projeto aborda as regras de operação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirão outros impostos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS após um período de transição de 2026 a 2033.

Mario Sergio Telles, superintendente de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), avaliou positivamente o PLP, afirmando que o projeto reproduzirá situações já existentes nos tributos atuais. Durante o debate do grupo de trabalho da Câmara, Jeanete Portela e Marcos Antônio de Sousa apresentaram números do polo industrial de Manaus, destacando a importância dos diferenciais competitivos da região.

O polo industrial de Manaus gera uma receita anual de aproximadamente R$ 200 bilhões, mantendo cerca de 110 mil empregos diretos e 500 mil indiretos. Já o polo de duas rodas produz uma motocicleta a cada 30 segundos e prevê atingir a marca de 2 milhões de produtos fabricados este ano.

A proposta do PLP 68/24 também prevê incentivos para a Zona Franca de Manaus, como a suspensão da incidência de impostos na importação de bens materiais e a redução das alíquotas tributárias. Além disso, a proposta busca evitar a sonegação de tributos, estabelecendo prazos para o ressarcimento de créditos não compensados pelas empresas.

O relator da proposta, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), destacou a importância do debate e informou que o grupo de trabalho responsável pretende apresentar um relatório final até o dia 4 de julho. Com 46 horas de debate acumuladas, a discussão sobre a reforma tributária continua sendo um tema relevante para os setores produtivos do Brasil.

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