Lula convoca Ibama, Petrobras e Ministério do Meio Ambiente para decidir sobre exploração de petróleo na margem equatorial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), anunciou nesta terça-feira (18) que convocará uma reunião com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente para discutir a possibilidade de explorar petróleo na margem equatorial. Em uma entrevista, Lula reiterou o compromisso do Brasil em aproveitar os recursos petrolíferos da região, destacando a importância econômica dessa exploração.

De acordo com o presidente, a área onde se pretende realizar a exploração petrolífera na bacia Foz do Amazonas, parte da margem equatorial, está distante de regiões ambientalmente sensíveis. Lula enfatizou a necessidade de o Brasil lucrar com o petróleo enquanto trabalha na transição energética. Ele afirmou que convocará uma reunião com os órgãos competentes para tomar uma decisão técnica e ponderada sobre o assunto.

Lula também mencionou que países vizinhos, como Guiana e Suriname, já estão explorando petróleo na região, o que reforça a relevância estratégica desse potencial energético. A margem equatorial, localizada entre os litorais do Amapá e do Rio Grande do Norte, é considerada uma área de grande potencial para a exploração de petróleo, embora seja ambientalmente sensível devido às grandes distâncias em relação à costa.

A discussão sobre a exploração de petróleo na margem equatorial já gerou tensões no governo, com o Ibama recusando um pedido de licença da Petrobras para realizar estudos na região. Essa recusa levou o senador Randolfe Rodrigues a desfiliar-se da Rede Sustentabilidade, partido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que apoiou a decisão do Ibama. Enquanto alguns membros do governo, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendem a exploração na região, outros estão preocupados com os impactos ambientais potenciais.

Diante desse contexto, a decisão sobre a exploração de petróleo na margem equatorial se torna fundamental para o futuro energético e econômico do Brasil. É essencial considerar tanto os benefícios econômicos quanto os potenciais impactos ambientais, garantindo uma abordagem sustentável e responsável em relação a esse recurso natural tão importante para o país.

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