Ingresso na USP em 2024: mais de 55% são de escolas públicas, pretos, pardos e indígenas, destaca reitor da universidade.

Na última semana, a Universidade de São Paulo (USP) divulgou dados que revelam um aumento significativo na presença de estudantes de escolas públicas, pretos, pardos e indígenas (PPI) entre os ingressantes por meio da Fuvest, ENEM USP e Provão Paulista. Segundo os números apresentados, mais de 55% dos novos alunos pertencem a esses grupos.

Em um total de 10.753 vagas preenchidas, 5.954 foram ocupadas por estudantes vindos exclusivamente de escolas públicas, sendo 2.965 autodeclarados PPI. Esses índices representam um aumento em relação ao ano anterior, demonstrando avanços nas políticas de inclusão adotadas pela universidade.

A primeira edição do Provão Paulista também foi um marco nesse cenário, com 1,5 mil vagas oferecidas para a USP e um total de quase 400 mil inscritos. Desses, 260 mil realizaram as provas e 1.365 conquistaram o ingresso na instituição. O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destacou a importância desse exame para aproximar a universidade do ensino público, ampliando as oportunidades para os estudantes.

O pró-reitor de Graduação, Aluísio Augusto Cotrim Segurado, pontuou que uma mudança na forma de convocação dos estudantes para as políticas afirmativas em 2023 contribuiu significativamente para os resultados obtidos. Com a implementação desse novo sistema, mais candidatos de escolas públicas e PPI foram beneficiados, fortalecendo a diversidade na USP.

Outro aspecto relevante observado foi o comportamento de alguns candidatos que, apesar de se enquadrarem nas categorias de escola pública e PPI, optaram por concorrer apenas às vagas de ampla concorrência, abrindo espaço para outros concorrentes nessas categorias específicas. Esse fenômeno foi identificado pelos responsáveis pela seleção como uma escolha consciente dos estudantes.

Dessa forma, a USP reforça seu compromisso com a inclusão e a diversidade, promovendo oportunidades para que mais alunos de origens diversas tenham acesso ao ensino superior e possam contribuir de forma significativa para a sociedade. A instituição segue trabalhando para fortalecer essas políticas afirmativas e garantir um ambiente acadêmico mais representativo e igualitário.

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