Greve nas universidades federais completa dois meses sem previsão de término, impactando calendário acadêmico e preocupando estudantes.

As universidades federais afetadas pela greve dos professores estão enfrentando desafios para reorganizar o ano letivo, mais de dois meses após o início do movimento. A suspensão do calendário acadêmico é uma das medidas adotadas por algumas instituições, com a possibilidade de as atividades programadas para 2024 serem concluídas apenas em 2025.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) consultou 54 universidades em greve sobre a possibilidade de suspender o calendário, visando evitar prejuízos aos estudantes. Algumas universidades, como a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), optaram por cancelar o planejamento deste ano, enquanto outras, como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), decidiram manter as atividades.

Um caso polêmico ocorreu na Universidade Federal da Paraíba, onde o reitor Valdiney Gouveia vetou a suspensão do calendário, desagradando os professores e alunos que protestaram contra a decisão. Enquanto algumas universidades ainda estão deliberando sobre o ano letivo, estudantes como Rodrigo Sousa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), expressam preocupação com o impacto da greve em sua formação acadêmica.

A greve dos professores das universidades federais teve início em 15 de abril e as reivindicações incluem reajuste salarial e recomposição do orçamento das instituições de ensino. A proposta do governo oferece aumentos escalonados, mas os grevistas defendem um acréscimo ainda este ano. O Ministério da Educação lançou um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as universidades federais, com investimentos previstos de R$ 5,5 bilhões, além de um acréscimo de recursos para o custeio das instituições.

Enquanto as negociações continuam e as universidades federais buscam soluções para reorganizar o calendário acadêmico, a incerteza paira sobre o futuro dos estudantes e a continuidade do semestre letivo.

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