Atlas da Violência 2024 revela: uma pessoa negra assassinada a cada 12 minutos no Brasil

Recentemente, dados alarmantes foram divulgados pelo Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o levantamento, uma pessoa negra foi vítima de homicídio a cada 12 minutos no Brasil, entre o início de janeiro de 2012 e o final de 2022, totalizando 445.442 assassinatos nesse período.

Os números revelam uma realidade cruel. A população negra foi a mais afetada, representando mais de três vezes o número de homicídios em comparação com a população não negra. A taxa de homicídios entre negros, em 2022, era de 43,1 a cada 100 mil habitantes, enquanto entre não negros foi de 29,7, evidenciando uma desigualdade significativa.

Alagoas se destaca sendo o estado com o maior risco relativo de homicídio para negros, onde é 23,7 vezes mais provável que uma pessoa negra seja vítima de violência letal do que pessoas de outros tons de pele. Outros oito estados apresentam níveis de risco acima da média nacional.

A pesquisa também revela que a idade é um fator determinante nas vítimas de homicídios no país, com quase metade dos casos registrados em 2022 envolvendo pessoas de 15 a 29 anos. São alarmantes 62 mortes violentas de jovens nessa faixa etária por dia, em média.

Além disso, o estudo aponta um aumento da violência contra a comunidade LGBTQIA+, com um salto de 39,4% nos casos de violência entre os anos de 2021 e 2022. Os registros envolvem diferentes tipos de violência, como agressões, violência psicológica e tortura, atingindo principalmente pessoas negras e com idades entre 15 e 34 anos.

Outro ponto preocupante destacado pelo Atlas da Violência é a violência praticada contra pessoas com deficiência, em especial aquelas com deficiência intelectual. Essas pessoas são as mais vulneráveis à agressão, principalmente as mulheres nesse grupo, que enfrentam taxas mais altas de violência doméstica.

Diante desses dados alarmantes, é fundamental que políticas eficazes sejam implementadas para proteger essas populações vulneráveis e combater a violência que assola o país. A sociedade como um todo deve se unir para buscar soluções que promovam a segurança e o respeito aos direitos humanos de todos os cidadãos.

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