Inicialmente, a expectativa era de um aumento médio de 1,10% nas tarifas da RGE Sul, com variações de -3,99% para alta tensão e 3,72% para baixa tensão. Para os clientes residenciais em baixa tensão, o reajuste seria de 3,13%. No entanto, diante da situação de calamidade pública decretada pelo governo do Rio Grande do Sul em maio, a concessionária considerou inviável aplicar um reajuste significativo neste momento.
A RGE Sul informou que, quando os primeiros 336 municípios foram afetados pelas chuvas intensas, a empresa atendia 271 dessas cidades. Por conta disso, a distribuidora argumentou que era importante adiar o reajuste tarifário para não agravar a situação econômica dos clientes, em meio aos desafios enfrentados após o desastre natural.
Em nota, a empresa justificou a proposta de prorrogação por dois meses como uma medida para minimizar os impactos financeiros sobre os consumidores nos próximos meses. A Aneel ressaltou que o cálculo do preço da energia é feito anualmente pela diretoria da agência, visando garantir um fornecimento de energia de qualidade e recursos suficientes para manter as operações das empresas do setor.
Além disso, a Aneel criou um comitê de crise em 3 de maio para acompanhar de perto as ações no Rio Grande do Sul, flexibilizando as regras de comercialização de energia elétrica para priorizar o restabelecimento da infraestrutura e do atendimento aos consumidores afetados pelo evento climático extremo.