TSE aperfeiçoa urna eletrônica após inspeção da CGU; procedimento garante transparência no sistema eletrônico das eleições de 2024.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) implementou uma melhoria na urna eletrônica após uma sugestão da Controladoria-Geral da União (CGU). A alteração foi realizada após uma análise do código-fonte das urnas por três desenvolvedores de tecnologia da informação da CGU ao longo da semana passada.

O desenvolvedor Everton Ramos, que já havia participado de uma inspeção em 2022, foi o responsável pela proposta de mudança. Segundo Ramos, a adição de uma camada extra de validação na etapa de totalização dos votos foi fundamental para reforçar a segurança do processo eleitoral. A etapa de validação dos hashes (resumos digitais) dos arquivos utilizados na totalização foi considerada essencial.

Esse aprimoramento faz parte do Ciclo de Transparência – Eleições de 2024, que envolveu aproximadamente 35 horas de inspeção, ocorridas entre os dias 10 e 14 de março. O objetivo do procedimento é garantir a fiscalização do sistema eletrônico que garante as eleições no país, permitindo que órgãos e entidades legitimados acompanhem o processo de perto.

Durante a análise, os técnicos do TSE abriram uma urna eletrônica para que a equipe da CGU pudesse examinar o hardware e as peças internas do equipamento, bem como o sistema utilizado. Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, destacou que as urnas possuem quatro processadores e não possuem conexão online.

Além da CGU, a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o Senado e o partido União Brasil enviaram seus especialistas para testar e verificar as urnas que serão utilizadas nas eleições municipais deste ano. Até o momento, não houve nenhuma contestação por parte dos verificadores. O TSE possui 571.020 urnas prontas para serem utilizadas em sessões de votação por todo o Brasil.

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