De acordo com o economista chefe do sindicato, Celso Petrucci, um dos principais motivos para esse cenário foi a presença de restrições construtivas na região juntamente com o aumento do preço do metro quadrado, tornando-o mais caro no ABC. No primeiro trimestre de 2024, foram lançados apenas 390 imóveis, em comparação com os 1.304 do mesmo período do ano anterior, o que representa uma queda de 70,1%.
No que diz respeito às vendas, o cenário também foi desafiador, com uma redução de 34,7% no número de unidades comercializadas em relação ao mesmo período de 2023. A pesquisa abrangeu 41 cidades da região metropolitana e litoral, evidenciando que a situação no ABC foi especialmente desafiadora devido a normas mais restritivas em comparação com outras regiões.
Enquanto os lançamentos diminuíram na região, São Paulo teve um aumento, devido às condições mais favoráveis para a habitação na cidade. O preço do metro quadrado no ABC chegou a R$ 8.430, sendo o mais caro da Região Metropolitana de São Paulo, com impacto significativo sobre o mercado imobiliário local.
Apesar dos desafios enfrentados, o economista Celso Petrucci acredita em uma virada no cenário, com expectativas de um desempenho melhor no segundo trimestre e a possibilidade de um crescimento de 5% a 10% até o final de 2024. O Secovi e entidades parceiras têm buscado soluções em negociações com as prefeituras para facilitar o lançamento de novos empreendimentos na região, visando estimular a recuperação do mercado imobiliário no ABC.