Os pilotos da Emirates comunicaram à torre de controle a ocorrência de um “stall do compressor”, uma parada no componente responsável por comprimir o ar para a entrada no motor e queima do combustível. Esse tipo de falha é incomum e exige análises detalhadas para identificar as causas específicas. Segundo o professor Annibal Hetem, especialista em engenharia aeroespacial, essa parada no compressor pode resultar em uma expulsão de chamas, mas não deve ser considerada uma explosão.
Embora o avião consiga voar com um dos motores em falha, a aeronave retornou ao portão e o voo foi cancelado como medida de precaução, devido à não realização da decolagem. Para Hetem, essa decisão foi prudente, considerando que a segurança dos passageiros é a prioridade. Caso a falha ocorresse durante o voo, a tripulação provavelmente optaria por prosseguir a viagem com os motores restantes em funcionamento.
O incidente foi registrado pelo canal Golf Oscar Romeo no Youtube, que capturou a comunicação entre os pilotos e a torre de controle. O avião chegou a atingir 38 nós antes de desacelerar na pista 10L de Guarulhos. Agora, os técnicos deverão avaliar o motor danificado, podendo ser necessária a substituição, uma operação de alto custo para a companhia aérea.
Em resumo, apesar do susto e do cancelamento do voo, a prudência e a segurança foram priorizadas, garantindo a integridade dos passageiros e tripulação. A análise detalhada das causas da falha será crucial para evitar incidentes semelhantes no futuro.
