Com telas grandes e cores surrealistas, Azuhli transpunha para a arte as emoções e sentimentos que não conseguia expressar com palavras. Seus trabalhos ganharam espaço em exposições tanto em Fortaleza quanto em outros estados e países, como a renomada SP-Arte. Além disso, algumas de suas obras foram adotadas por marcas de designers locais, evidenciando o impacto e a relevância de seu trabalho no cenário artístico cearense.
Filha de uma professora e um policial militar, Azuhli desde cedo demonstrou aptidão para as artes visuais, vendendo seus desenhos em feirinhas ainda na adolescência. Após tentar dar continuidade aos estudos em arquitetura, ela se viu cada vez mais atraída pela pintura e acabou abandonando a faculdade para se dedicar integralmente à carreira artística.
Sua rotina rigorosa de trabalho, que começava ao som de João Gilberto e comendo tapioca, refletia a paixão e dedicação que a artista nutria por sua arte. No entanto, sua vida foi abruptamente interrompida em maio de 2024, quando faleceu em sua casa. Seu velório, que durou três dias, foi marcado por homenagens e despedidas de amigos, familiares e admiradores de seu trabalho.
Azuhli deixa um legado que transcende suas obras, influenciando a cena artística local e inspirando novas gerações de artistas. Sua irmã Luana Diogo, em entrevista, destacou a intensidade e a criatividade da pintora, ressaltando que sua arte era uma forma de criar um universo paralelo, onde as cores e formas expressavam o amor e as paixões que habitavam a artista. Azuhli será lembrada como uma das vozes mais singulares e marcantes da arte contemporânea cearense.
