Temporada de incêndios no Pantanal começa mais cedo e causa destruição semelhante aos desastres de 2020, alertam brigadistas

A temporada de incêndios no Pantanal, que teoricamente começaria apenas em agosto, já causa preocupação devido às cenas de destruição que remetem aos gigantescos incêndios de 2020, os maiores já registrados no bioma. Na última semana, brigadistas e moradores de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, têm enfrentado incêndios às margens do rio Paraguai, e o combate se estende para outras áreas.

O difícil acesso às regiões afetadas no Pantanal tem sido um desafio para os brigadistas. Viagens de até sete horas são necessárias para alcançar pontos remotos, porém cruciais para evitar incêndios graves. Mesmo após o controle dos focos de incêndio, novas áreas entram em chamas, como é o caso da Curva do Tuiuiú, onde uma terra escurecida e coberta por fumaça indica a destruição já ocorrida, enquanto novos focos de fogo consomem o verde à frente.

Um sobrevoo realizado por especialistas do Instituto Homem Pantaneiro no domingo foi essencial para mapear áreas atingidas pelo fogo e para verificar a direção e velocidade das chamas em expansão. Esse monitoramento complementa os dados obtidos por satélites e ajuda as equipes de brigadistas a combater o fogo de forma mais eficaz.

Além disso, o voo permitiu a entrega de equipamentos, como um drone utilizado pelos brigadistas, na Fazenda Santa Teresa, onde o combate ao fogo tem sido intenso nos últimos dias. O esforço dos brigadistas, que precisam enfrentar longas jornadas de deslocamento em meio ao terreno acidentado do Pantanal, mostra a importância de um apoio aéreo eficiente para agilizar o combate aos incêndios.

Com a temporada de incêndios apenas começando, a preparação e a tecnologia disponível são consideradas fundamentais para combater os incêndios no Pantanal. Os brigadistas estão equipados para resgatar desde pequenos mamíferos até grandes animais, e a detecção precoce dos focos de incêndio tem permitido ações mais eficazes no controle do fogo. O desafio agora é conter os incêndios em seu estágio inicial, antes que se tornem incontroláveis e causem mais devastação no bioma.

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