Marcha da Maconha em SP denuncia encarceramento em massa e violência policial em comunidades pobres: eixo Bolando o Futuro Sem Guerra

A Marcha da Maconha de São Paulo, que aconteceu no último domingo (16), foi marcada por debates e discussões sobre o encarceramento em massa e a violência policial nas comunidades mais pobres. Com o tema “Bolando o Futuro sem Guerra”, a manifestação teve início em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central da capital paulista, e seguiu em direção à Praça da República, no centro da cidade.

O movimento denuncia que a proibição da maconha é utilizada como pretexto para a perseguição da população negra que vive nas áreas periféricas das grandes cidades. Segundo o manifesto da marcha, a proibição baseada em mentiras sustenta a indústria das armas, prisões e chacinas, alimentando um ciclo de violência e lucro em detrimento das comunidades mais vulneráveis.

Rebeca Lerer, militante presente na marcha, ressalta a importância de desmistificar a questão da maconha, evidenciando seu potencial medicinal e as inúmeras aplicações da planta. Ela critica a desinformação disseminada por interesses conservadores, políticos e econômicos, que dificultam o debate sério sobre a legalização da maconha.

No cenário internacional, países como Alemanha, África do Sul, Uruguai, Canadá e parte dos Estados Unidos já legalizaram o uso adulto e a produção doméstica da maconha, cada um adotando modelos específicos de regulamentação. Essa diversidade de abordagens reflete a disputa por um mercado lucrativo e em constante crescimento.

No Brasil, o debate sobre drogas está em pauta tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Congresso Nacional. Recentemente, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de emenda à Constituição que criminaliza o porte de qualquer quantidade de droga. Por outro lado, o STF está julgando uma ação que visa descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A Marcha da Maconha de São Paulo deste ano reforçou a importância de repensar as políticas de drogas no país, buscando alternativas mais justas e eficazes para lidar com a questão da maconha e suas implicações sociais, políticas e econômicas. O movimento continua lutando por uma abordagem mais humana e inclusiva em relação ao tema das drogas.

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