A estratégia de Biden envolve oferecer incentivos bilionários para impulsionar a transição verde, em vez de punir os poluidores. Essa abordagem atraiu o apoio de diversos setores da sociedade, criando uma coalizão favorável às medidas ambientais propostas pelo presidente. Mesmo em caso de uma eventual derrota eleitoral para Donald Trump, especialistas concordam que será difícil para o republicano reverter as políticas ambientais implementadas por Biden, principalmente a Lei para Redução da Inflação (IRA).
O pacote aprovado pelo Congresso em 2022 disponibilizou quase US$ 400 bilhões em subsídios, principalmente para setores como energia eólica, solar, veículos elétricos e captura de carbono. O objetivo dessas medidas é alcançar a neutralidade de emissões de gases do efeito estufa até 2050. Além disso, a volta dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, com uma meta mais ambiciosa de redução de emissões, foi outra ação destacada no governo Biden.
Apesar dos avanços na área ambiental, Biden enfrentou críticas devido ao aumento na produção de petróleo no país durante o seu mandato. Mesmo com a implementação de algumas medidas restritivas, como a pausa na concessão de novas autorizações para exportação de gás natural liquefeito, o governo democrata foi criticado por autorizar projetos de exploração de petróleo, como o Willow no Alasca.
O embate do presidente Biden com a indústria petrolífera tem sido intenso, e o ex-presidente Trump prometeu reverter as políticas ambientais de Biden caso retorne ao poder, em troca de doações milionárias para sua campanha. A relação entre governo e indústria petrolífera continuará sendo um desafio para os Estados Unidos no cenário internacional das mudanças climáticas.
