Coletivos feministas, movimentos sociais e a Frente Estadual para Legalização do Aborto convocaram o ato, que teve início às 15h. Maria das Neves, integrante da União Brasileira de Mulheres, afirmou: “Queremos o arquivamento desse projeto nefasto”. Ela destacou que a proposta representa um retrocesso civilizatório, utilizando os corpos das mulheres como moeda de troca.
Os manifestantes reforçaram as críticas a Lira, que aprovou a urgência do projeto em votação-relâmpago na última quarta-feira (13). Gritos de “Fora, Lira” ecoaram pela avenida Paulista, ao lado de manifestações como “criança não é mãe e estuprador não é pai”.
Juliana Bruce, grávida de 18 semanas, participou do protesto para defender os direitos das crianças e mulheres adultas. Para ela, retroceder em questões de direitos reprodutivos é uma aberração. Ana Paula Cutolo Cortez, gestora ambiental, levou seus filhos de 8 e 6 anos para o protesto, destacando a importância de levantar a voz contra a opressão.
Luka Franca, do Movimento Negro Unificado, ressaltou a importância de não obrigar uma mulher a dar à luz fruto de uma violência extrema. O psicanalista Ivan Martins, pai de uma menina, enfatizou a necessidade de defender direitos básicos e civilizatórios.
A deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) estiveram presentes no protesto, que teve continuidade até a praça Roosevelt, no centro da cidade. A manifestação foi marcada por discursos em defesa dos direitos das mulheres e das crianças, contra a aprovação do PL Antiaborto por Estupro.
