A situação se agrava com a impossibilidade de reabertura do Salgado Filho antes de dezembro deste ano. O terminal foi alagado pela enchente do lago Guaíba, com a pista submersa e 65 centímetros de água acumulada no pavimento térreo. Com isso, a demanda por voos teve que ser redistribuída para aeroportos próximos, como Caxias do Sul, Passo Fundo, Jaguaruna, Florianópolis e a base aérea de Canoas.
O aumento no número de passageiros nesses aeroportos foi significativo, chegando a 32% em Caxias do Sul, 24% em Passo Fundo, 20% em Jaguaruna e 13% em Florianópolis. A base aérea de Canoas, que está operando como terminal improvisado, recebeu mais de 25 mil realocações de assentos. Essa situação, segundo o secretário de turismo em exercício, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, tem causado graves prejuízos ao setor de turismo e de eventos do estado.
Os impactos econômicos da crise no aeroporto Salgado Filho já são visíveis, com estimativas apontando um prejuízo de R$ 1,33 bilhão para o turismo gaúcho somente no mês de maio. Com a proximidade da alta temporada de inverno, cidades como Gramado, Canela e São Francisco de Paula podem sofrer ainda mais com a redução na chegada de turistas. A conectividade aérea é essencial para a movimentação econômica e turística da região, e a busca por alternativas para acelerar a reabertura do aeroporto é urgente.