Fechamento do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre gera prejuízo milionário ao setor de turismo gaúcho

A crise no aeroporto internacional Salgado Filho, situado em Porto Alegre, têm causado grandes impactos na operação de voos na região Sul do Brasil. De acordo com um estudo encomendado pela Setur (Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul), cerca de 86% dos voos previstos para o aeroporto ainda não foram realocados para outros terminais. Isso significa que, de 20 de maio a 30 de junho, mais de 73 mil assentos em voos foram remanejados para os cinco principais aeroportos mais próximos da capital gaúcha.

A situação se agrava com a impossibilidade de reabertura do Salgado Filho antes de dezembro deste ano. O terminal foi alagado pela enchente do lago Guaíba, com a pista submersa e 65 centímetros de água acumulada no pavimento térreo. Com isso, a demanda por voos teve que ser redistribuída para aeroportos próximos, como Caxias do Sul, Passo Fundo, Jaguaruna, Florianópolis e a base aérea de Canoas.

O aumento no número de passageiros nesses aeroportos foi significativo, chegando a 32% em Caxias do Sul, 24% em Passo Fundo, 20% em Jaguaruna e 13% em Florianópolis. A base aérea de Canoas, que está operando como terminal improvisado, recebeu mais de 25 mil realocações de assentos. Essa situação, segundo o secretário de turismo em exercício, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, tem causado graves prejuízos ao setor de turismo e de eventos do estado.

Os impactos econômicos da crise no aeroporto Salgado Filho já são visíveis, com estimativas apontando um prejuízo de R$ 1,33 bilhão para o turismo gaúcho somente no mês de maio. Com a proximidade da alta temporada de inverno, cidades como Gramado, Canela e São Francisco de Paula podem sofrer ainda mais com a redução na chegada de turistas. A conectividade aérea é essencial para a movimentação econômica e turística da região, e a busca por alternativas para acelerar a reabertura do aeroporto é urgente.

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