Mercado aguarda revisão fiscal e elogios de Lula a Haddad para manter estabilidade nos juros futuros nesta sexta-feira

As taxas de juros negociadas no mercado futuro tiveram um dia de oscilação próxima à estabilidade nesta sexta-feira, 14. Com um ligeiro viés de baixa, os investidores aguardavam novidades no quadro fiscal, especialmente após integrantes do governo prometerem uma importante revisão de despesas públicas como forma de alcançar a meta fiscal estabelecida. O mercado também reagiu de forma positiva aos elogios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o que sinaliza a sua permanência no cargo, algo que vinha gerando especulações.

Na agenda de indicadores domésticos, o destaque do dia foi o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apresentou estabilidade em abril, com uma variação positiva de apenas 0,01%. Os números ficaram aquém das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam um crescimento de 0,40% no indicador no mês.

Nos Estados Unidos, o índice de sentimento do consumidor, elaborado pela Universidade de Michigan, registrou queda para 65,6 em junho, comparado a 69,1 em maio. Esses números preliminares frustraram as expectativas dos analistas, que esperavam um aumento para 73 neste mês. Além disso, as expectativas de inflação se mantiveram estáveis para os próximos 12 meses, mas subiram levemente para um período de cinco anos.

No mercado de renda fixa, segundo operadores, as taxas de juros deveriam seguir uma trajetória de baixa considerando a queda dos juros dos Treasuries e os indicadores econômicos abaixo do esperado, o que sugere uma possível retração econômica e a aposta em cortes de juros. No entanto, a cautela em relação ao cenário fiscal no Brasil limitou um movimento mais expressivo de queda.

Por volta das 11h18, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 apresentava taxa de 10,635%, contra 10,667% do ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2026 projetava 11,20%, em comparação a 11,24%, e a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,54%, ante 11,60%. A instabilidade e a cautela no mercado indicam um cenário de espera e reação a possíveis novidades no quadro econômico e fiscal, tanto no Brasil quanto no exterior.

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