Após cerca de um ano de investigação, as autoridades descobriram que traficantes utilizavam 28 estabelecimentos de hospedagem para armazenar e distribuir drogas, além de camuflar o fluxo de capital ilícito. Esses locais estrategicamente posicionados serviam como pontos de apoio logístico para o tráfico de entorpecentes na cidade.
De acordo com o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), os hotéis e pensões funcionavam como centros de armazenamento de drogas, facilitando a distribuição para diversos pontos da cidade e até mesmo para outras regiões. Além disso, esses estabelecimentos desempenhavam um papel crucial na lavagem de dinheiro, uma vez que o dinheiro proveniente da venda de drogas era introduzido na economia formal através de transações fictícias realizadas por eles.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou a importância da ação policial, afirmando que “o crime organizado lava o dinheiro proveniente do tráfico de drogas utilizando várias pensões e hotéis clandestinos na região central de São Paulo”. Segundo ele, esses locais realizavam pagamentos e transações financeiras para outras empresas controladas por criminosos, de forma a mascarar a origem ilícita dos recursos.
Na terceira fase da Operação Downtown, foram realizadas 14 prisões e mais de R$ 27.000,00 em espécie foram apreendidos. A Justiça também autorizou 140 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 26 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema.
Essa operação faz parte de um trabalho contínuo das autoridades para combater o crime organizado e a lavagem de dinheiro relacionados ao tráfico de drogas. As fases anteriores da Operação Downtown já haviam resultado em diversas prisões e apreensões, demonstrando o comprometimento das forças de segurança em desmantelar esse tipo de atividade criminosa na região central de São Paulo.