Ministério Público investiga possível sobrepreço na compra de água pela Prefeitura de São Paulo no Carnaval 2024

O Ministério Público abriu um inquérito para investigar possíveis irregularidades na compra de água mineral pela Prefeitura de São Paulo durante o Carnaval deste ano. O promotor Ricardo Manuel Castro decidiu investigar a contratação da empresa AMBP Promoções e Eventos após uma representação do mandato coletivo Bancada Feminista do PSOL.

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) pagou o valor de R$ 5,52 por cada garrafa de água mineral, totalizando um gasto de R$ 1.391.040,00 por 252 mil garrafas. O promotor destacou que o valor pago pela prefeitura, incluindo a logística e distribuição das garrafas, supera significativamente o valor médio de mercado de R$ 1,95 por unidade, o que pode indicar indícios de sobrepreço.

Segundo informações da prefeitura, as garrafas de água foram distribuídas para profissionais que trabalharam no Carnaval deste ano, como agentes da CET, policiais militares e guardas da GCM. A Secretaria Municipal das Subprefeituras defendeu a compra, alegando que no valor de R$ 5,52 estão inclusos gastos com logística, distribuição, impostos e mão de obra.

A empresa AMBP se defendeu dizendo que não houve sobrepreço na venda das garrafas de água e que a complexidade da logística e distribuição justificam o valor pago. Este não é o único inquérito que a gestão Nunes enfrenta atualmente. Outros casos estão sendo investigados pelo Ministério Público, como os pagamentos para a Sobei, organização social que administra creches terceirizadas na capital, e o programa de recapeamento da cidade.

A conduta do prefeito tem sido alvo de questionamentos por parte do Ministério Público, que está de olho nas ações da gestão municipal. A transparência e a legalidade dos processos de compra e contratação são essenciais para garantir a lisura e eficiência da administração pública.

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