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Indicação de ministro das Comunicações suspeito de uso indevido de recursos públicos gera incerteza sobre permanência no governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira (13), para participar da conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, ao ser abordado pela imprensa, declarou que ainda não possui uma decisão definitiva sobre a permanência do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no governo. Lula afirmou que terá uma conversa com o ministro ainda no decorrer do dia para discutir o assunto.

Juscelino Filho está atualmente envolvido em uma polêmica, sendo indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que facilitam o acesso a propriedades pertencentes à sua família, na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão. Diante desse cenário, Lula ressaltou que o fato de alguém ser indiciado não implica necessariamente na comprovação da culpa, mas sim na aceitação de uma acusação que precisa ser devidamente esclarecida e provada.

O ministro das Comunicações, por sua vez, apresentou uma nota na última quarta-feira (12), alegando sua inocência e destacando que as emendas parlamentares investigadas, no valor de mais de R$ 5 milhões, foram destinadas à prefeitura de Vitorino Freire durante seu período como deputado federal, não mantendo qualquer relação com sua gestão no ministério. A prefeita da cidade é a irmã de Juscelino, Luanna Rezende, o que intensifica a polêmica em torno do caso.

Este não é o primeiro embate enfrentado pelo ministro, que já havia se envolvido em acusações similares em março de 2023, ocasião em que também precisou prestar esclarecimentos ao presidente Lula. Diante da complexidade do caso e da importância do cargo ocupado por Juscelino Filho, o desfecho dessa situação pode ter repercussões significativas no governo e na opinião pública.

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