O peeling de fenol é um procedimento químico profundo utilizado por dermatologistas para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes. No entanto, no caso em questão, a realização do procedimento por uma esteticista está sendo investigada pela polícia, uma vez que a substância fenol é altamente cáustica e deve ser manuseada com cuidado por profissionais devidamente habilitados.
A esteticista em questão se apresentou à paciente como biomédica, porém não possuía formação para realizar o procedimento. Após a realização do peeling de fenol, a paciente começou a sentir dores intensas e foi hospitalizada 11 dias depois. Foi necessário realizar uma intervenção cirúrgica para reconstruir a pele do rosto da vítima.
Segundo a delegada Aline Manzatto, que está à frente da investigação, a vítima e seus familiares questionaram a esteticista sobre a necessidade de assistência médica após o procedimento, porém, as dores foram consideradas normais pela profissional, que apenas recomendou o uso de pomada.
Nesta quinta-feira (13), a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária de Curitiba estiveram no centro estético onde o incidente ocorreu. Durante a inspeção, foram encontrados produtos sem registro na Anvisa e substâncias com data de validade vencida, como ácido hialurônico.
Os agentes descobriram que as ampolas de fenol eram manipuladas por uma dentista de São Paulo, que fornecia o produto para a esteticista responsável. A investigação aponta que a esteticista pode responder por exercício irregular da profissão, lesão corporal e falsificação de produtos terapêuticos.
Este caso evidencia a importância de que procedimentos estéticos invasivos sejam realizados por profissionais capacitados e habilitados, a fim de garantir a segurança e integridade dos pacientes. A utilização inadequada de substâncias químicas como o fenol pode resultar em graves consequências para a saúde dos indivíduos submetidos aos procedimentos. A polícia está investigando o caso minuciosamente para apurar todas as responsabilidades envolvidas.