Demolição do Observatório Astronômico em Diadema completa cinco meses sem definição de ações futuras no local.

No dia 17 de junho completam-se cinco meses desde a demolição do prédio do Observatório Astronômico em Diadema. A ação realizada pela prefeitura gerou críticas de diversos setores da sociedade, incluindo educadores, pesquisadores e o Conselho do Patrimônio Histórico. O local que abrigava um centro cultural e o observatório agora se encontra vazio na avenida Antonio Sylvio Cunha Bueno, no bairro Jardim Inamar.

A demolição foi defendida pela prefeitura com base na deterioração do prédio, que teria sido abandonado por mais de uma década. No entanto, o imóvel estava na lista dos 33 edifícios considerados de interesse histórico e cultural para a cidade. A ação foi realizada sem consultar o Conselho do Patrimônio Histórico e gerou controvérsias, com diferentes versões sendo divulgadas pela administração municipal.

A prefeitura inicialmente afirmou que construiria um novo prédio em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), porém posteriormente alterou a narrativa para um curso de astronomia oferecido pela instituição. Até o momento, não há informações claras sobre quantos alunos foram beneficiados com essa parceria, que já está em vigor há dez meses.

O futuro do terreno onde antes se localizava o Observatório Astronômico ainda é incerto. A prefeitura afirma estar em diálogo com o Conselho do Patrimônio Histórico para definir o uso do espaço, mencionando a possibilidade de construir uma creche no local e um possível memorial em homenagem ao observatório. No entanto, nada foi concretizado até o momento.

Além disso, não há informações sobre o andamento do curso de astronomia oferecido pela Unifesp, tampouco sobre a participação dos alunos nesse programa. O acordo entre Diadema e a universidade prevê a realização de oficinas, visitas a locais de interesse científico e outras atividades no campo da astronomia e ciências, mas a efetividade desse acordo ainda é nebulosa.

Diante desse cenário, a população aguarda respostas concretas por parte da prefeitura e da Unifesp quanto ao futuro do terreno do observatório e a continuidade do ensino de astronomia na região. Enquanto isso, a história e o legado do Observatório Astronômico de Diadema permanecem em suspenso.

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