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Projeto de lei para banir celulares em escolas de SP enfrenta resistência devido ao uso excessivo de plataformas digitais na educação

O projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas públicas e privadas do estado de São Paulo enfrenta obstáculos devido ao sistema de educação centrado em plataformas digitais implantado pelo governo Tarcísio de Freitas. Em um debate realizado na Assembleia Legislativa na última segunda-feira (10), médicos, pais e educadores discutiram sobre os impactos negativos dos smartphones no aprendizado e na saúde física e mental de crianças e jovens.

Durante o debate, uma professora da rede paulista emocionou a plateia ao relatar que atualmente é praticamente impossível evitar o uso de celulares nas escolas devido à massiva presença das plataformas digitais no sistema de educação paulista. O secretário de educação, Renato Feder, defende que a tecnologia é fundamental para auxiliar os professores no processo de recuperação e melhoria da aprendizagem.

Outros relatos de professores corroboram a dificuldade de conter o uso dos celulares pelos alunos, especialmente após a implementação de diversas plataformas do governo Tarcísio. A deputada Marina Helou, autora do projeto de lei que propõe a proibição dos aparelhos nas escolas, destacou a importância do debate e da sensibilização dos membros da Secretaria da Educação sobre os efeitos nocivos dos smartphones.

O Movimento Desconecta, formado por famílias que defendem o banimento dos celulares nas escolas, também marcou presença no evento da Alesp. Baseado em pesquisas que evidenciam os danos do uso excessivo dos dispositivos, o movimento propõe restrições como não fornecer smartphones a crianças e adolescentes menores de 14 anos e limitar o uso de redes sociais até os 16 anos.

Pediatras engajados na campanha pela proibição dos celulares nas escolas, como Daniel Becker e Paulo Telles, mencionaram estudos que apontam uma série de prejuízos à saúde mental e física de crianças e adolescentes decorrentes do uso dos smartphones. Eles ressaltam a importância de aprovar a lei que proíbe os celulares nas escolas para proteger a saúde e o desenvolvimento adequado dos jovens.

O debate também contou com a participação da diretora da Camino School, onde o celular é proibido, que relatou uma mudança positiva no comportamento dos alunos após a implementação da medida. Estudantes, como Mirella Silva, afirmaram que o uso dos celulares prejudica o aprendizado, desviando o foco para as redes sociais em detrimento das plataformas educacionais.

A Secretaria de Educação de São Paulo respondeu às críticas afirmando que o acesso às plataformas pedagógicas não é feito por smartphones e que as mesmas são exclusivamente acessadas em notebooks e tablets fornecidos pela Seduc-SP. Apesar da posição oficial, o debate sobre a proibição dos celulares nas escolas continua em pauta, com defensores e opositores apresentando argumentos para embasar suas posições.

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