Durante o debate, uma professora da rede paulista emocionou a plateia ao relatar que atualmente é praticamente impossível evitar o uso de celulares nas escolas devido à massiva presença das plataformas digitais no sistema de educação paulista. O secretário de educação, Renato Feder, defende que a tecnologia é fundamental para auxiliar os professores no processo de recuperação e melhoria da aprendizagem.
Outros relatos de professores corroboram a dificuldade de conter o uso dos celulares pelos alunos, especialmente após a implementação de diversas plataformas do governo Tarcísio. A deputada Marina Helou, autora do projeto de lei que propõe a proibição dos aparelhos nas escolas, destacou a importância do debate e da sensibilização dos membros da Secretaria da Educação sobre os efeitos nocivos dos smartphones.
O Movimento Desconecta, formado por famílias que defendem o banimento dos celulares nas escolas, também marcou presença no evento da Alesp. Baseado em pesquisas que evidenciam os danos do uso excessivo dos dispositivos, o movimento propõe restrições como não fornecer smartphones a crianças e adolescentes menores de 14 anos e limitar o uso de redes sociais até os 16 anos.
Pediatras engajados na campanha pela proibição dos celulares nas escolas, como Daniel Becker e Paulo Telles, mencionaram estudos que apontam uma série de prejuízos à saúde mental e física de crianças e adolescentes decorrentes do uso dos smartphones. Eles ressaltam a importância de aprovar a lei que proíbe os celulares nas escolas para proteger a saúde e o desenvolvimento adequado dos jovens.
O debate também contou com a participação da diretora da Camino School, onde o celular é proibido, que relatou uma mudança positiva no comportamento dos alunos após a implementação da medida. Estudantes, como Mirella Silva, afirmaram que o uso dos celulares prejudica o aprendizado, desviando o foco para as redes sociais em detrimento das plataformas educacionais.
A Secretaria de Educação de São Paulo respondeu às críticas afirmando que o acesso às plataformas pedagógicas não é feito por smartphones e que as mesmas são exclusivamente acessadas em notebooks e tablets fornecidos pela Seduc-SP. Apesar da posição oficial, o debate sobre a proibição dos celulares nas escolas continua em pauta, com defensores e opositores apresentando argumentos para embasar suas posições.