Repórter São Paulo – SP – Brasil

Planos de saúde têm lucro recorde de R$ 3,33 bilhões no primeiro trimestre de 2024, aponta ANS.

As operadoras de planos de saúde apresentaram um lucro líquido de R$ 3,33 bilhões nos primeiros três meses de 2024, marcando o melhor desempenho para um primeiro trimestre desde 2019. Os dados foram divulgados recentemente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e revelam que esse resultado representa cerca de 3,93% da receita total acumulada no período, a qual ultrapassou os R$ 84 bilhões.

O setor de planos de saúde mostrou uma recuperação significativa em todos os segmentos, com destaque para as operadoras exclusivamente odontológicas, que registraram um lucro de R$ 187,9 milhões, as médico-hospitalares, com R$ 3,07 bilhões, e as administradoras de benefícios, com R$ 66,4 milhões.

O segmento médico-hospitalar, sendo o principal do setor, fechou o primeiro trimestre com um saldo positivo na diferença entre receitas e despesas relacionadas à assistência à saúde, alcançando um resultado operacional de R$ 1,9 bilhão. Esses números estão próximos dos registrados antes da pandemia de Covid-19, o que reflete uma retomada econômica no setor.

Mesmo diante de uma redução nas taxas de juros, as operadoras médico-hospitalares foram beneficiadas pela remuneração das aplicações financeiras, que totalizaram R$ 115,4 bilhões ao final de março. O resultado financeiro positivo de R$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024 também contribui para esse cenário de recuperação.

O diretor de Normas e Habilitações das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, ressaltou a importância de as operadoras investirem em gestão e melhorarem a qualidade dos serviços oferecidos aos beneficiários, destacando a necessidade de manter a recuperação econômica de forma sustentável.

Analisando os resultados por porte de operadora, observa-se que as médico-hospitalares de grande porte foram responsáveis por impulsionar o resultado líquido do setor, enquanto as médias tiveram uma pequena redução e as pequenas registraram um aumento significativo.

A sinistralidade, indicador essencial para avaliar o desempenho das operadoras médico-hospitalares, também apresentou melhorias, com um índice de 82,5% no primeiro trimestre de 2024. Essa redução em relação aos anos anteriores é resultado de uma maior recomposição das mensalidades dos planos em relação às despesas assistenciais.

Em suma, o setor de planos de saúde no Brasil está passando por um período de recuperação econômica, com um crescimento sólido e melhorias nos resultados operacionais e financeiros das operadoras. A expectativa é de que essa tendência positiva se mantenha e se traduza em benefícios concretos para os beneficiários dos planos de saúde.

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