A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Corregedoria-Geral da Conab também foram acionadas para iniciar um processo de apuração dos fatos relacionados ao leilão. A compra de arroz importado visa garantir estoques e evitar um aumento significativo nos preços do produto devido à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país.
Em meio às investigações, o governo federal decidiu anular o leilão da Conab, cancelando a importação das 263,3 mil toneladas de arroz previstas. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, pediu demissão devido a suspeitas de conflito de interesse. Uma reportagem do jornal “Estadão” revelou que o diretor de Abastecimento da Conab, responsável pelo leilão, é indicado diretamente por Geller, e a principal corretora do certame tem ligações com o filho do secretário.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o novo edital do leilão de arroz importado deve ser divulgado em até dez dias. As medidas têm como objetivo assegurar a transparência no processo e garantir a confiança da sociedade brasileira. A Conab ressaltou a importância de prestar contas e tranquilizar a população em relação aos procedimentos adotados.