Operação policial na Maré segue pelo segundo dia sem prisões, mas com apreensão de armas, drogas e veículos roubados.

Nesta quarta-feira (12), a Polícia Militar realizou pelo segundo dia consecutivo uma operação nas comunidades da Maré, localizadas na zona norte do Rio de Janeiro. Durante a ação de hoje, não houve prisões, porém os policiais conseguiram apreender um fuzil, drogas e três carros que haviam sido roubados. O foco da operação é capturar suspeitos de roubo de veículos em vias expressas da cidade.

Na mesma manhã, uma clínica da família na Vila dos Pinheiros teve suas paredes atingidas por tiros, em decorrência de uma forte resistência armada por parte dos criminosos que atuam na região, segundo informações da Polícia Militar.

Por medida de segurança, 44 escolas municipais e estaduais permaneceram fechadas, assim como unidades de saúde na região. O primeiro dia da operação foi marcado por confrontos armados entre policiais e criminosos, resultando na triste morte de um policial militar e deixando outro ferido e hospitalizado. Dois suspeitos também foram mortos durante os confrontos.

Durante a última terça-feira, 24 pessoas foram presas e 11 fuzis foram apreendidos, além de outras armas e veículos recuperados. Os criminosos chegaram a interditar a Avenida Brasil, forçando os motoristas a realizar desvios na pista.

O corpo do sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos, foi sepultado nesta tarde no Cemitério Parque Jardim da Saudade, localizado em Sulacap, zona oeste do Rio. Mais de 100 pessoas, entre militares, parentes e amigos, estiveram presentes para prestar suas últimas homenagens. O sargento ingressou na corporação em 2011 e fazia parte da tropa de elite da PM desde 2019.

Por outro lado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, solicitou esclarecimentos ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre a operação realizada no Complexo da Maré. Segundo relatos do portal Maré de Notícias, os policiais envolvidos na operação não estavam utilizando câmeras corporais, não havia ambulâncias no local para socorrer possíveis feridos e houve relatos de invasão de domicílio, danos ao patrimônio e pessoas feitas reféns. Essas informações ainda necessitam de mais esclarecimentos por parte das autoridades responsáveis.

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