Durante uma audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, Tebet ressaltou a importância de começar a revisar os gastos públicos, uma vez que as medidas de aumento de arrecadação estão se esgotando. Um exemplo citado por ela foi a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que não há um “plano B” para compensar a desoneração da folha de pagamentos.
Segundo a ministra, é necessário “realinhar e requalificar” os gastos públicos, e para isso o governo possui diferentes planos de ação. Ela destacou que as medidas de aumento de receita propostas até o momento, como a tributação de fundos de alta renda e das apostas esportivas, estão chegando ao seu limite.
Além disso, Tebet defendeu a modernização de outras vinculações, como do Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego e abono salarial. Ela ressaltou que essas medidas precisam ser amadurecidas e passar pelo crivo do Presidente Lula antes de serem anunciadas.
A ministra também abordou a questão dos gastos tributários, destacando que a renúncia fiscal no Brasil está em um patamar insustentável e pode impactar negativamente a economia a médio prazo. Em relação às reações negativas do mercado financeiro à sua proposta de revisão de gastos, Tebet defendeu a postura do Presidente Lula, afirmando que a redução da taxa de juros e o aumento da arrecadação são fundamentais para o equilíbrio da dívida pública.
Em resumo, a ministra Simone Tebet destacou a importância da revisão de gastos públicos como uma etapa crucial para o ajuste fiscal do governo, prometendo que o plano de ação está em andamento e será colocado em prática em breve.