Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aumento de 1,16% nos preços para o Dia dos Namorados é destaque em estudo da FGV, apontando impacto da inflação.

Um estudo realizado pela renomada Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que os preços dos itens mais procurados para o Dia dos Namorados tiveram um aumento médio de 1,16% nos últimos 12 meses. O levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, analisou a variação de preços de 25 produtos e serviços e apontou que esse aumento é quase a metade da inflação geral do mesmo período, que foi de 3,28%.

Entre os serviços, a pesquisa mostrou um aumento de 4,14% na inflação, com destaque para as academias de ginástica, que apresentaram um aumento de 5,18% nos preços. Outros serviços que tiveram aumento significativo foram cinema (4,68%), hotel/motel (4,52%), salão de beleza (4,46%), restaurantes (3,94%), teatro (3,17%) e shows musicais (2,87%).

Por outro lado, no que diz respeito aos produtos escolhidos como presentes para os namorados, a cesta teve uma queda média de 1,31%. Essa redução foi impulsionada principalmente pelos cosméticos, com destaque para sabonete (-7,25%), xampu, condicionador e creme (-2,59%) e perfume (-2,02%). Produtos eletrônicos, como celulares (-4,38%) e computadores e periféricos (-4,06%), também apresentaram redução de preços.

No entanto, alguns produtos muito procurados tiveram aumento de preço, como livros (4,86%), relógios (4,16%), cintos e bolsas (2,11%), bijuterias (1,99%) e bombons e chocolates (1,27%). O economista da FGV-Ibre, Matheus Dias, destacou que o aumento da taxa Selic e a alta da inflação estão levando os consumidores a serem mais cautelosos em suas compras.

As expectativas de vendas para o Dia dos Namorados são positivas, com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevendo um volume total de vendas de R$ 2,59 bilhões para o varejo. O segmento de vestuário, calçados e acessórios é apontado como o carro-chefe das vendas, seguido pelo setor de utilidades domésticas e eletroeletrônicos. Se confirmadas essas previsões, as vendas terão um avanço de 5,6% em relação ao ano anterior.

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