Girão não poupou palavras ao descrever a situação, classificando-a como “potencialmente um dos maiores escândalos da história do Brasil”. O senador chamou a atenção para o fato de que o arroz adquirido através desse leilão estaria comprometido, o que acendeu um alerta vermelho em relação à lisura do processo.
Uma das irregularidades apontadas por Girão seria o uso de empresas de fachada, incluindo até mesmo uma sorveteria e uma loja de veículos, para participar do leilão. Além disso, ele mencionou o caso de um supermercado em Macapá que adquiriu seis lotes de arroz no valor exorbitante de R$ 736 milhões, sendo que seu capital social inicial era de apenas R$ 80 mil.
O senador destacou a participação ativa da Câmara dos Deputados que já está investigando o caso, e ressaltou a gravidade das possíveis fraudes envolvendo esse processo de compra de arroz. Ele fez questão de lembrar escândalos anteriores como o Mensalão e a Operação Lava Jato, relacionados ao Partido dos Trabalhadores (PT), e questionou a necessidade de importar arroz de qualidade duvidosa em vez de subsidiar o produto nacional, reconhecido por sua excelência.
Girão criticou veementemente a utilização de uma situação de calamidade para fins corruptos e eleitoreiros, reforçando a importância de investigar a fundo essas possíveis irregularidades. O senador ressaltou que a produção de arroz no Rio Grande do Sul não foi tão prejudicada quanto se alega, uma vez que grande parte da safra já estava colhida e armazenada.
Essas acusações feitas por Eduardo Girão levantaram um debate acalorado no cenário político brasileiro, evidenciando a necessidade de transparência e ética em todos os processos de compra realizados pelo governo. Somente através de investigações rigorosas será possível esclarecer a veracidade das denúncias e punir os responsáveis, caso se comprovem as irregularidades. O escândalo do “arroz azedo”, como apelidado pelo senador, promete ser um dos tópicos mais discutidos nas esferas políticas nas próximas semanas.