Retorno parcial marca ensaio de volta à rotina em Porto Alegre após nível recuar no lago Guaíba

Após mais de um mês desde que o nível do lago Guaíba atingiu a máxima histórica de 5,33 metros e causou estragos em Porto Alegre, a cidade começa a retomar a normalidade. Com o recuo do alagamento e o retorno gradual dos serviços, os moradores agora conseguem vislumbrar uma volta à rotina na capital gaúcha.

Os corredores humanitários, que foram instalados para mitigar os impactos da enchente, já foram removidos e o acesso à cidade está liberado. As operações de limpeza retiraram mais de 48 mil toneladas de resíduos das ruas, contribuindo para a normalização do trânsito nas vias principais.

A rodoviária voltou a funcionar, assim como as estações de tratamento de água e muitos estabelecimentos comerciais em bairros afetados. No entanto, esses retornos ainda são parciais, com horários reduzidos, capacidade limitada e operações focadas em áreas que já foram higienizadas. O aeroporto da cidade permanecerá fechado até dezembro.

De acordo com o secretário municipal de serviços urbanos, Assis Arroyo, o foco agora está na identificação e resolução dos problemas remanescentes após a baixa do nível da água. Mais de 380 equipamentos estão trabalhando na limpeza das ruas, removendo materiais inservíveis descartados pelos moradores.

A vice-presidente da ACPA, Julia Evangelista Tavares, ressaltou que cerca de 45 mil CNPJs foram afetados pelas enchentes, gerando impactos econômicos e emocionais na população. Enquanto os bairros do centro da cidade retomam mais rapidamente suas atividades, a zona norte e as ilhas de Porto Alegre ainda enfrentam desafios, com grande parte dos serviços interrompidos.

A recuperação das áreas mais afetadas continua em andamento, com esforços concentrados na remoção de areia e na reconstrução de infraestruturas danificadas. A oferta de transporte coletivo está parcialmente restabelecida, com algumas linhas ainda em desvio devido aos danos nas vias.

Mesmo com a volta gradual à normalidade, os desafios persistem e é necessário continuar avaliando os impactos das enchentes para garantir a plena recuperação da cidade de Porto Alegre.

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