Presidente do Senado impugna parte da MP 1.227/2024 que restringe benefícios fiscais para empresas privadas, alegando inconstitucionalidade.

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, tomou uma decisão importante esta semana ao anunciar a impugnação de parte da Medida Provisória 1.227/2024, que trata da restrição ao uso de benefícios fiscais por empresas privadas. A medida, publicada recentemente, tinha como objetivo aumentar a arrecadação de impostos do governo federal, porém, segundo Pacheco, apresentava “flagrante inconstitucionalidade”.

De acordo com o presidente do Senado, a parte impugnada da MP perde a validade desde a sua edição, em 4 de junho, devido ao descumprimento do artigo 195, parágrafo 6º da Constituição Federal, que estabelece a necessidade de observar a noventena para alterações tributárias. Pacheco afirmou que sua decisão visa garantir a segurança jurídica e a previsibilidade necessárias para a ordenação das despesas e manutenção das atividades dos setores produtivos afetados.

Os senadores reagiram positivamente à impugnação, destacando a importância da medida para assegurar a legalidade e a transparência nas ações do Executivo. Alguns parlamentares como Rogério Marinho, Tereza Cristina e Randolfe Rodrigues elogiaram a postura de Pacheco em defesa da Constituição.

A MP 1.227/2024 foi editada como forma de compensar as perdas arrecadatórias decorrentes da continuidade da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de pequenos municípios, aprovada pelo Congresso. O governo estimava que a desoneração custaria R$26,3 bilhões em 2024, sendo R$15,8 bilhões para empresas e R$10,5 bilhões para os municípios.

Apesar da impugnação, parte da medida continua em vigor, incluindo a obrigação das pessoas jurídicas com benefício fiscal de prestar informações à Receita Federal, o ressarcimento em dinheiro de créditos presumidos da contribuição ao PIS e à Cofins, e a possibilidade de a União delegar a instrução e julgamento de processos administrativos sobre o ITR para o DF e municípios.

A atitude de Rodrigo Pacheco reforça a importância do respeito à Constituição e da garantia da segurança jurídica no país, demonstrando um compromisso com a legalidade e a transparência nas ações do governo.

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