Após dois anos de intensas pesquisas e análises minuciosas, os cientistas conseguiram diferenciar a Boa atlantica da jiboia comum (Boa constrictor), que antes estava sendo classificada de forma equivocada. A espécie recém-descoberta é encontrada em áreas específicas da Mata Atlântica, que se estendem do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte.
Uma das características que destaca a jiboia-atlântica das demais já conhecidas é o padrão de manchas, seu formato e coloração únicos. Além disso, a nova espécie pode atingir até dois metros de comprimento e, assim como as outras jiboias, não é venenosa, utilizando a constrição como método de defesa para subjugar suas presas.
A importância da preservação da Mata Atlântica é ressaltada pelos pesquisadores, que veem na descoberta da jiboia-atlântica mais um motivo para a conservação desse bioma tão rico em biodiversidade. Com mais de 2.500 invertebrados e mais de 20 mil espécies de plantas, a Mata Atlântica ainda guarda segredos a serem desvendados, reforçando a necessidade de proteger esse habitat único.
O estudo completo sobre a nova espécie de jiboia foi publicado na renomada revista científica Plos One em abril, destacando a relevância desse achado para a comunidade científica e para a compreensão da biodiversidade brasileira. A pesquisa envolveu a comparação de características morfológicas e moleculares da Boa atlantica com outras cobras da mesma espécie, enriquecendo o conhecimento sobre a fauna brasileira.