Criado em 1949 pelo publicitário João Doria, o Dia dos Namorados brasileiro tem uma abordagem comercial, aproveitando o período de desaceleração das vendas em junho. A data foi escolhida por ser a véspera do dia de Santo Antônio, conhecido como o santo casamenteiro, ainda que seu simbolismo esteja mais associado ao casamento do que ao namoro.
Santo Onofre, por sua vez, é descrito como um eremita solitário que viveu no deserto por cerca de 60 anos em voto de castidade e silêncio. Sua celebração coincide com a data do Dia dos Namorados no Brasil, criando uma curiosa contradição entre a festividade popular e a devoção religiosa.
A vida ascética e eremítica de Santo Onofre inspirou muitos fiéis ao longo dos séculos, mesmo sem comprovação histórica de sua existência. Sua inclusão no Martirológio Romano, como falecido em 400, foi baseada em relatos hagiográficos e na tradição cristã.
Devido à falta de registros concretos, a figura de Santo Onofre permanece envolta em mistério, sendo venerado como um exemplo de vida santa e de devoção a Deus. Sua devoção se espalhou por diversas tradições religiosas, incluindo a Igreja Católica Romana e a Ortodoxa.
No Brasil, ele é considerado patrono dos tecelões e invocado por aqueles que buscam proteção contra o alcoolismo. Sua presença na religiosidade popular evidencia a influência da figura de Santo Onofre ao longo dos séculos, transcendo fronteiras geográficas e culturais.
Assim, neste Dia dos Namorados, a celebração comercial se mescla com a devoção a Santo Onofre, proporcionando uma reflexão interessante sobre a relação entre amor, solitude e fé na sociedade contemporânea.