A secretaria, procurada pela imprensa, optou por não se manifestar sobre o assunto e apenas informou que está apurando os fatos com transparência. A greve dos professores começou em 3 de junho e foi encerrada no dia 5, após intensa mobilização da categoria contra o projeto de lei do governador Ratinho Junior, que criava o programa Parceiro da Escola, principal motivo de insatisfação.
A APP-Sindicato denunciou que o vídeo foi disparado em massa em duas ocasiões, nos dias 28 de maio e 3 de junho, utilizando o número oficial da secretaria para comunicações. Apesar disso, o material não estava assinado pelo governo estadual. No vídeo, eram feitas duras críticas ao sindicato e alertas sobre a segurança dos filhos dos pais de alunos durante as manifestações.
A presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, expressou indignação e preocupação com o conteúdo do vídeo, afirmando que a criminalização da luta dos movimentos pode gerar ódio contra os trabalhadores. A oposição na Assembleia Legislativa do Paraná cobrou explicações do secretário de Educação, Roni Miranda, e a Fapec, uma fundação privada com contrato com a Paranaeducação, está sendo investigada por suposta participação no envio do vídeo.
O governo chegou a solicitar a prisão da presidente da APP-Sindicato por suposta desobediência a uma liminar durante a greve dos professores. A votação do projeto de lei do Parceiro da Escola, que foi aprovado e sancionado pelo governador, gerou tumulto na Alep, com manifestantes forçando a entrada no prédio. A lei autoriza a transferência da gestão administrativa de escolas para empresas, o que levantou preocupações sobre a privatização do ensino público.
Diante de toda essa polêmica, a sociedade e os órgãos competentes aguardam esclarecimentos e medidas concretas para garantir a transparência e a legalidade nas ações da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.