Mercado futuro opera em baixa após alívio nos Treasuries e ações, refletindo cautela com IPCA de maio e ajuste pós-altas de sexta-feira.

Na manhã de hoje, as taxas de juros negociadas no mercado futuro apresentaram uma queda significativa, renovando mínimas ao longo da curva. Esse movimento acompanhou a tendência dos mercados de Treasuries e ações, que também registraram um certo alívio. Essa queda nas taxas, mesmo diante da aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, surpreendeu e foi atribuída a um ajuste após as fortes altas registradas na sexta-feira anterior.

O economista André Perfeito comentou sobre o impacto do IPCA de maio nas perspectivas da política monetária, destacando que o mercado está realizando uma correção do estresse observado na sexta-feira. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi questionado sobre uma possível mudança de regra na valorização dos pisos de saúde e educação, como forma de conter o avanço dos gastos do Executivo. Haddad mencionou que existem diferentes cenários em discussão, mas nenhum foi oficialmente apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por volta das 10h39, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 apresentava uma taxa de 10,620%, em comparação com os 10,681% do dia anterior. Já o DI para janeiro de 2027 projetava uma taxa de 11,530%, enquanto a taxa para janeiro de 2029 estava em 11,88%.

Esse movimento no mercado financeiro reflete a cautela dos investidores diante dos dados econômicos e das discussões sobre possíveis mudanças nas políticas governamentais. A oscilação das taxas de juros mostra a sensibilidade do mercado às notícias e eventos que podem influenciar a economia e as decisões dos agentes econômicos. A expectativa é de que esse cenário de volatilidade persista nos próximos dias, exigindo atenção e análise constante por parte dos investidores e analistas do mercado financeiro.

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