No cenário atual do empreendedorismo no Brasil, destacam-se os desafios enfrentados por aqueles que buscam criar negócios com escala e alta integridade nas economias da natureza da Amazônia. Essa região, que abrange mercados como créditos de carbono, biodiversidade, bioeconomia, restauração ecológica e turismo sustentável, apresenta obstáculos significativos para empreendedores e investidores.
Construir uma economia verde e inclusiva na Amazônia é essencial não apenas para melhorar as condições socioeconômicas de uma das regiões menos desenvoladas do país, mas também para contribuir com a redução do desmatamento, a regeneração da biodiversidade e as metas de emissão zero de carbono. No entanto, os desafios são muitos.
Questões fundiárias complexas, incerteza, insegurança e informalidade são problemas recorrentes que afetam o ambiente de negócios na Amazônia. A falta de clareza e segurança nas questões fundiárias dificulta os investimentos e expõe a região à exploração ilegal e insustentável. A presença desigual do Estado, a corrupção e a impunidade geram insegurança, aumentando os custos e os riscos para empreendedores e investidores.
Além disso, a informalidade dificulta o envolvimento de empresas legais com fornecedores, elevando os riscos de irregularidades e crimes ambientais. A diversidade das diferentes Amazônias impede soluções únicas e o reduzido número de projetos de alta integridade enfrenta dificuldades em atrair investidores.
Para superar esses desafios, é necessária uma abordagem coordenada entre empreendedores, agentes públicos, investidores e comunidades locais. Investimentos em ciência, tecnologia e aceleradoras de negócios são fundamentais para o desenvolvimento das economias da natureza na região. A colaboração entre os diversos atores e a promoção de iniciativas de impacto coletivo são essenciais para garantir o sucesso a longo prazo dos empreendimentos na Amazônia.
Diante desse cenário, é urgente adotar estratégias conjuntas para resolver questões comuns, promover a segurança jurídica e pública e garantir a integridade e o impacto positivo dos negócios na região. A colaboração entre setor público e privado é fundamental para criar novos segmentos econômicos verdes na Amazônia e promover um desenvolvimento sustentável.
Em suma, empreender na Amazônia é um desafio que exige persistência, transparência e cooperação. O tempo urge, e é necessário agir agora para construir uma economia verde e inclusiva na região.
