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Aeroporto de Porto Alegre ainda tem 39 aviões sem previsão de retirada após inundação

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, localizado em Porto Alegre, enfrenta um desafio monumental com a presença de 39 aviões sem previsão de serem retirados do local. Desde o dia 3 de maio, quando a inundação do lago Guaíba atingiu o bairro Anchieta e tomou conta da pista e do primeiro pavimento do prédio, o aeroporto permanece fechado para pousos e decolagens.

No último sábado (9), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou uma operação excepcional para a retirada dos aviões, porém, apenas oito deles conseguiram deixar o aeroporto. A Fraport Brasil, concessionária responsável pela administração do aeroporto, não informou se os aviões remanescentes no local estão em condições de voo.

De acordo com a Fraport, a operação para a retirada dos aviões foi autorizada mediante a adoção de procedimentos e medidas de segurança pelos operadores aéreos e pela administração do aeroporto. Essas ações foram coordenadas com o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão da Força Aérea Brasileira.

Para obter a autorização de retirada das aeronaves do Salgado Filho, as empresas e pessoas responsáveis pelos aviões precisam aderir a um termo de responsabilidade. Além disso, é exigida uma avaliação de risco por parte de cada operador aéreo para a obtenção de autorização especial de voo, uma vez que o aeroporto está com as operações suspensas.

A previsão é que o aeroporto seja reaberto parcialmente na segunda quinzena de dezembro, após a realização de uma vistoria. A limpeza da pista já teve início, sendo o primeiro passo para avaliar os danos. Testes e sondagens do pavimento da pista estão em andamento, com resultados que serão enviados para análise técnica. A Fraport estima que serão gastos cerca de R$ 1 bilhão no aeroporto devido aos impactos da inundação, sendo esse valor compartilhado com o governo federal.

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