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SÃO PAULO – STF autoriza continuidade do projeto de expansão das câmeras operacionais portáteis pela PM de São Paulo em conformidade com diretrizes federais.

Nesta segunda-feira (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) referendou a continuidade do projeto estadual de expansão do uso de câmeras operacionais portáteis (COPs) pela Polícia Militar de São Paulo. A decisão foi tomada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que considerou que o Estado está cumprindo os compromissos em relação ao uso desses equipamentos de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Justiça.

Barroso afirmou que, após analisar os esclarecimentos prestados pelo Estado e os documentos apresentados, não houve evidente descumprimento dos compromissos assumidos por São Paulo. O STF manteve vigente o pregão da Secretaria da Segurança Pública para a contratação de 12 mil novas COPs, expandindo assim o número de equipamentos disponíveis e as funcionalidades de monitoramento.

A decisão destacou que as diretrizes estabelecidas pelo Governo de São Paulo, como o acionamento automático por software, remoto pelo Centro de Operações da PM (Copom) e manual, estão em conformidade com as normas do Ministério da Justiça. Barroso ressaltou que a norma interna do Estado obriga os policiais militares a acionarem voluntariamente as câmeras em todas as situações necessárias, sob pena de punição disciplinar.

Além disso, o STF determinou que o Núcleo de Processos Estruturais e Complexos da Corte continue monitorando a aplicação das COPs em São Paulo, observando o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo do Estado e a efetividade das câmeras em processo de contratação. O presidente da Corte requisitou os resultados da licitação e um relatório de efetividade do novo sistema após seis meses da contratação.

O pregão para a aquisição das novas câmeras deve gerar uma economia significativa para a Secretaria da Segurança Pública, com uma redução de mais de 54% em relação ao contrato vigente. A proposta aprovada representa um gasto estimado de R$ 4,3 milhões por mês, com um aumento de 18,5% no número de equipamentos disponíveis, cobrindo 52% do trabalho operacional da PM. As novas câmeras terão tecnologia mais avançada, incluindo reconhecimento facial, leitura de placas de veículos e melhorias na conectividade.

A empresa vencedora do pregão terá que passar por etapas de habilitação e análise de amostras para garantir que o equipamento atende aos requisitos estabelecidos no edital. O governador Tarcísio de Freitas destacou a importância da redução de custos e da qualidade das câmeras, ressaltando que a proposta aprovada mostra que o Estado está no caminho certo em relação à utilização desses equipamentos de segurança. Com isso, a PM de São Paulo poderá contar com um sistema mais eficiente e moderno para o monitoramento e aprimoramento das atividades operacionais.

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