Mercado futuro de taxas de juros abre em baixa, mas oscila perto da estabilidade diante de cenário interno e externo desafiador

Na manhã desta segunda-feira (10/6), as taxas de juros negociadas no mercado futuro apresentaram uma abertura em baixa, porém não conseguiram sustentar esse movimento e passaram a oscilar próximo à estabilidade. Após um período de fortes altas na sexta-feira (7), em um cenário de desânimo tanto interno quanto externo, as taxas tentaram uma correção, mas foram impedidas pelo aumento nos retornos dos Treasuries e pelo fortalecimento do dólar.

No contexto internacional, o clima de cautela predomina à espera da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos e da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, ambos marcados para quarta-feira. Já no cenário nacional, os investidores estão atentos ao resultado da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na terça-feira (11). No entanto, as incertezas em relação ao quadro fiscal do país são as principais preocupações, com os agentes do mercado aguardando soluções do governo que possam aliviar a pressão por gastos, que não têm contrapartida em receitas.

Por volta das 11h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 apresentava uma taxa de 10,65%, em comparação com os 10,62% do fechamento de sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2026 projetava 11,26%, contra os 11,31% anteriores. O DI para janeiro de 2027 estava em 11,61%, em relação aos 11,69% do pregão anterior. Por fim, a taxa para janeiro de 2029 era de 11,96%, ante os 12,06% registrados anteriormente.

Diante desse cenário de oscilações e expectativas, o mercado financeiro permanece atento às próximas divulgações de dados econômicos e decisões de política monetária, que podem influenciar ainda mais as taxas de juros no mercado futuro.

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