Lula critica prolongamento da greve dos professores e técnicos das universidades federais e destaca montante de recursos negociados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou nesta segunda-feira (10) em relação à greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais. Em reunião com reitores, Lula criticou a prolongada paralisação e ressaltou a disponibilidade de recursos por parte do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para recompor os salários dos servidores.

Durante o encontro, o presidente também anunciou a destinação de R$ 5,5 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) para obras e custeio do ensino técnico e superior, além da construção de novos campi universitários e hospitais universitários federais.

Lula destacou a necessidade de encerrar a greve, afirmando que os líderes sindicais devem ter coragem para finalizar o movimento. Ele ressaltou sua trajetória como dirigente sindical, entendendo que nem sempre é possível obter todas as demandas em uma negociação.

Por outro lado, representantes das universidades federais e institutos federais ressaltaram a defasagem salarial dos servidores e a importância de valorizar os profissionais da educação. A reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) destacou a necessidade de uma solução negociada para pacificar a situação e evitar prejuízos no calendário acadêmico.

A negociação entre os sindicatos e o governo tem sido intensa, com propostas de reajustes salariais apresentadas pelo MGI. As entidades representativas dos servidores técnicos administrativos terão uma nova rodada de negociações, enquanto os professores federais devem se reunir com representantes do governo em breve.

No contexto da greve, o governo propôs um aumento gradual nos salários dos servidores até 2026, com reajustes diferenciados de acordo com a faixa salarial. A oferta foi melhorada em relação às propostas anteriores, buscando atender às demandas das categorias envolvidas na paralisação. A expectativa é que as negociações avancem para a retomada das atividades normais nas instituições de ensino.

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