Ramos de Azevedo foi responsável por projetar alguns dos prédios mais emblemáticos da cidade, como o Theatro Municipal, o Liceu de Artes e Ofícios (atual Pinacoteca), o Mercado Municipal, o Palácio da Justiça, entre outros. Sua influência se estendeu por todo o centro da cidade, onde realizou mais de 30 projetos, além de obras em Campinas, Santos e Rio de Janeiro.
O arquiteto não se limitava apenas ao aspecto estético de seus projetos, mas também considerava o impacto urbanístico que teriam, sendo pioneiro na instalação de banheiros no interior das residências. Seu escritório, localizado na rua Boa Vista, empregava cerca de 500 funcionários e era conhecido pela rapidez com que entregava as construções – sendo chamado de “arquiteto dos projetos chave na mão”.
Nascido em São Paulo, em 1851, Ramos de Azevedo estudou na Bélgica e retornou ao Brasil em 1879. Antes de se estabelecer em São Paulo, passou um período em Campinas, onde realizou suas primeiras obras grandiosas, como a catedral da cidade. Sua atenção aos detalhes, qualidade técnica e inovação em técnicas construtivas garantiram a preservação de suas obras ao longo dos anos.
Além de sua atuação como arquiteto, Ramos de Azevedo foi professor e diretor da Escola Politécnica de São Paulo, contribuindo para a formação de mão de obra especializada e para o desenvolvimento da arquitetura na região. Sua empresa, que continuou operando após sua morte, deixou um legado que permanece vivo até os dias de hoje, com milhares de obras que fazem parte da história e do patrimônio arquitetônico da cidade de São Paulo.
