Ibovespa luta para retomar os 121 mil pontos após perda de 1,73%: Petrobras e Vale impulsionam, bancos e dúvidas fiscais pressionam.

O Ibovespa iniciou a semana com dificuldades para recuperar a marca dos 121 mil pontos, após uma queda de 1,73% na sexta-feira, influenciada pelos problemas fiscais internos e um relatório forte sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em maio. A B3 oscilou entre os 120.540,03 e os 121.421,30 pontos, encerrando o dia praticamente estável, com uma baixa de 0,01% e fechando aos 120.759,51 pontos, uma queda de 7,68 pontos em relação ao último encerramento.

O destaque do dia ficou por conta do desempenho da Petrobras, com as ações ON e PN apresentando altas de 1,84% e 1,52%, respectivamente, impulsionadas pelo aumento do preço do petróleo em Londres (Brent) e Nova York (WTI). Por outro lado, a Vale ON também contribuiu positivamente para o desempenho do índice, fechando com uma alta de 1,09%.

No entanto, o cenário não foi favorável para todas as empresas, com destaque para São Martinho, Vibra, Prio e Suzano, que apresentaram as maiores altas do dia. Já as maiores quedas ficaram por conta de Soma, Arezzo, Vivara e BTG.

No panorama internacional, a semana promete ser crucial nos Estados Unidos, com a divulgação do relatório de inflação ao consumidor em maio e a decisão de política monetária do Federal Reserve, previstas para quarta-feira. A expectativa é que a taxa anual de inflação permaneça em 3,4%, com um possível recuo no núcleo sem itens voláteis. A Guide Investimentos acredita que o Fed possa reduzir os juros ainda este ano, mas que a redução não deverá ocorrer antes de setembro.

Diante de um cenário desafiador para o Brasil, a Monte Bravo reduziu sua expectativa para o Ibovespa ao final deste ano, passando de 155 mil para 150 mil pontos, devido ao adiamento do corte de juros nos EUA e os ruídos fiscais que impactaram a percepção de risco sobre os ativos domésticos. A corretora também aumentou a projeção para a taxa Selic ao final de 2024 e a expectativa da taxa de câmbio em relação ao dólar. Essas mudanças refletem um aumento do prêmio de risco e maior aversão a ativos no Brasil.

Em resumo, o mercado financeiro encerra o dia acompanhando atentamente os desdobramentos internos e externos que poderão influenciar os investimentos nos próximos dias, com foco principalmente nos resultados a serem divulgados nos Estados Unidos e a decisão do Federal Reserve. A volatilidade e as incertezas continuam a marcar o cenário econômico global.

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