Governo de São Paulo realizará audiências públicas para discutir privatização das linhas da CPTM: Coral, Safira e Jade.

O governo do estado de São Paulo anunciou um plano de privatização das linhas 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Essas linhas, que juntas transportam mais de 17 milhões de pessoas por mês, terão a primeira de três audiências públicas marcada para o dia 19, com o objetivo de receber contribuições e opiniões da sociedade civil em relação ao processo de concessão.

A Linha 11, que parte da região central de São Paulo em direção à zona leste, passando por Poá e chegando a Mogi das Cruzes, a Linha 12, que faz um trajeto paralelo até Poá, e a Linha 13, que liga a parte central da capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, serão alvos dessa iniciativa do governo paulista.

A proposta de transferência das linhas para a iniciativa privada inclui a ampliação da Linha Jade, com a construção de dez novas estações, além da requalificação da infraestrutura de todas as linhas. Entretanto, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) identificou pendências no sistema de suprimento de energia das linhas 11 e 12, que deveriam ter sido entregues em 2015, mas permanecem inacabadas e paralisadas.

Mesmo com essas questões em aberto, a CPTM garante que as linhas 11-Coral e 12-Safira estão operando normalmente, sem qualquer impacto para os passageiros. A previsão é que os ajustes finais necessários para a conclusão das obras sejam realizados até julho deste ano.

Vale ressaltar que, em 2022, as linhas 8 – Diamante – e 9 – Esmeralda – da CPTM foram privatizadas e passaram a ser operadas pela Viamobilidade. No entanto, problemas operacionais nas linhas ocasionaram a abertura de uma investigação pelo Ministério Público de São Paulo e a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no valor de R$ 150 milhões para promover melhorias e compensações pelos transtornos causados.

Diante desses precedentes, a privatização das novas linhas da CPTM em São Paulo levanta questões sobre a eficiência e segurança do transporte público, exigindo um acompanhamento rigoroso por parte das autoridades e da sociedade civil para garantir um serviço de qualidade aos usuários.

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