Um dos locais mais afetados foi a escola estadual de ensino médio, onde salas de aula ficaram cobertas por camadas de barro e galhos arrastados pela força das águas invadiram o espaço. As janelas foram quebradas e a cerca de proteção do terreno desabou, evidenciando a dimensão da destruição provocada pela enchente.
Joel Fernando Garcia da Rosa, sócio de um supermercado local, descreveu a situação como algo inacreditável e fora do comum. Ele e sua família estavam empenhados na limpeza do estabelecimento, que perdeu cerca de 90% dos produtos devido à cheia do rio Taquari. Mesmo diante de tamanha perda, Rosa mostrou determinação em restaurar o local, apesar das adversidades.
A prefeitura de Venâncio Aires já manifestou a intenção de realocar as famílias afetadas para áreas consideradas mais seguras, porém alguns moradores resistem à ideia de deixar suas casas, seja por questões financeiras ou por apego à comunidade. A incerteza paira sobre o futuro da vila de Mariante, que historicamente enfrenta problemas com enchentes devido à proximidade com o rio Taquari.
Augusto Schneider, morador da região, compartilhou sua experiência durante a enchente, sendo resgatado de helicóptero. Seu açougue e ferragem sofreram prejuízos estimados em meio milhão de reais, com perdas significativas de mercadorias devido à inundação. Apesar dos desafios, Schneider demonstrou resiliência ao limpar e reabrir seu estabelecimento para atender a comunidade local.
A reconstrução de Mariante requer esforço conjunto e apoio das autoridades locais, bem como solidariedade da população diante do cenário desolador deixado pela enchente. O desafio agora é superar as adversidades e buscar alternativas para reerguer a vila e oferecer condições dignas de moradia e trabalho para seus habitantes.